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Latino presta depoimento após acusações de intolerância religiosa

Por Redação em às | Foto: Divulgação

 

O cantor Latino foi parar na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), na tarde desta quinta-feira (6), após declarações preconceituosas sobre religiões de matrizes africana. Segundo o jornal O Dia, a denúncia foi feita pela Secretaria Municipal de Cidadania. 

Ainda conforme a publicação, a queixa-crime foi registrada em razão de declarações do cantor sobre a morte de seu macaco, Twelves. Em entrevista a um podcast, realizada no dia 14 de abril, Latino disse que o animal morreu por causa de adeptos de religiões de matrizes africana. “Dizem que foi macumba, né. Os caras falaram que foi macumba. Fizeram um trabalho pra mim que o macaco foi no meu lugar. Quem conhece o mundo espiritual pode dizer melhor”, afirmou o cantor, que alegou ainda que a informação veio de uma médium e de um profeta.

Outra fala do cantor sobre o tema foi reproduzida no ofício enviado à delegacia. "Nessa parada de centro espírita, nesse bagulho de macumba, os caras fazem trabalhos pesados pra infernizar a vida do outro. E aí fizeram um trabalho, sei lá, de ebó… Sei lá que porra que chama essa merda de ‘macumbaria’. Eu não acredito nessa porra. Ficar falando da vida alheia. A gente vê muito no meio artístico”.

Intolerância religiosa é crime. O código penal estabelece, no artigo 208, aplicação de multa e detenção de um mês a um ano para quem escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa.

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